Santa Isabel já tem disponível na rede municipal de Saúde a aplicação de um método contraceptivo gratuito. O etonogestrel previne a gravidez não planejada em mulheres adultas, em idade reprodutiva. A ação é voltada a grupos específicos, focada no público em situação de vulnerabilidade. O município foi uma das primeiras cidades da região a aderir ao método.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, aplicado abaixo da camada superficial da pele, o método é voltado a mulheres em situação de rua; com HIV/AIDS em uso de dolutegravir; em uso de talidomida; privadas de liberdade; trabalhadoras do sexo; e em tratamento de tuberculose em uso de aminoglicosídeos, no âmbito do SUS.
No município, 16 mulheres já aderiram ao anticoncepcional, enquanto outras 14 estão em processo preparatório para aplicação. O programa implantado em Santa Isabel está associado a políticas de planejamento familiar já em curso na rede. A medida visa a redução dos índices de gestações indesejadas, além da diminuição da mortalidade materna e infantil.
A mulher que desejar aderir ao recurso, e fizer parte do grupo abrangido pelo programa, deve procurar sua unidade de saúde de referência. Ela passará por avaliações ginecológicas, que constatarão se ela poderá fazer o processo para aplicação do bastão contraceptivo.
Para o prefeito de Santa Isabel, Dr. Carlos Chinchilla, é importante que o assunto seja parte das políticas públicas porque o acesso aos métodos contraceptivos é essencial para garantir o direito das mulheres à saúde reprodutiva, igualdade de gênero e redução das desigualdades sociais:
“Os métodos contraceptivos são fundamentais para mulheres em situação de vulnerabilidade, pois permitem o planejamento familiar, evitam gravidezes indesejadas e ajudam a prevenir complicações de saúde. Além disso, oferecem maior autonomia e controle sobre a própria vida reprodutiva. É um orgulho saber que Santa Isabel foi uma das primeiras cidades da região a dar atenção a uma pauta tão importante”, ressalta.
SOBRE O MÉTODO
O anticoncepcional é um bastão de plástico, com 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, que contém 68 mg da substância etonogestrel, que vai sendo liberada em pequena quantidade continuamente na corrente sanguínea. A ação impede que o óvulo seja liberado do ovário e também altera a secreção do colo do útero, dificultando a entrada dos espermatozoides.
O método contraceptivo de longa duração pode permanecer no corpo da mulher por um período de até três anos. Produzido em laboratório, o etonogestrel é um hormônio que se assemelha à progesterona, o hormônio feminino que atua no sistema reprodutor.